40 livros para ler antes de morrer e explorar novas narrativas fantásticas

Para um leitor apaixonado, alguns livros são essenciais e precisam ser lidos antes de morrer. Seja pela história, a forma como a narrativa é conduzida, pelos temas ou pelos autores, alguns livros se destacam mais do que outros nas estantes das livrarias e nas bibliotecas. Porque ler um livro é ter uma experiência nova, que pode abrir nossa mente e nos levar a lugares que nunca imaginamos antes.

E para te ajudar com novas experiências e viagens fantásticas pelo nosso mundo fantástico, selecionamos 40 livros que não podem faltar na sua estante e que você precisa ler antes de morrer. Desde os clássicos da literatura, já consagrados há muito tempo, até histórias mais próximas dos nossos tempos, que merecem uma atenção especial, todas com sinopse e frases para você ter um gostinho da narrativa que vai encontrar.

Publicidade

Separe uma poltrona e preencha sua TBR (To Be Read, lista de livros a serem lidos) com estes 40 livros para ler antes de morrer!

Publicidade

 

1. Livro das Mil e uma Noites

Mil e uma noites é uma coletânea de 170 contos populares do Oriente médio. O rei Shahriar, depois do adultério da esposa, resolve se casar com um uma mulher diferente todas as noites e, no dia seguinte, matá-la. Resolvendo intervir no assassinato das mulheres do reino, a jovem Sharazade se oferece para casar com o rei. Para garantir mais uma noite de vida, ela começa a narrar uma história e a interrompe ao amanhecer, com a promessa de continuá-lo na noite seguinte. Dessa forma, os contos são organizados como uma série de histórias narradas por Sharazade para o Rei.

Publicidade

Quem fala sobre o que não lhe concerne ouve o que não lhe agrada.
O livro das mil e uma noites
O forte corajoso é quem derrota a si próprio, e não quem derrota outro homem.
O livro das mil e uma noites
Nenhuma obra se realiza sem palavras, nenhum objetivo se atinge sem esforço, e nenhum bem-estar se alcança sem fadiga.
O livro das mil e uma noites

Publicidade

 

2. Hamlet (1609), William Shakespeare

Uma das tragédias mais conhecidas na literatura, Hamlet é um dos livros indispensáveis para qualquer biblioteca! O protagonista é o Príncipe da Dinamarca, Hamlet, que encontra o espírito do seu falecido pai, que acusa seu próprio irmão Cláudio de tê-lo matado para assumir o trono. Movido por sua busca por vingança, Hamlet busca a verdade sobre a morte de seu pai.

Há mais coisas no céu e na terra, Horácio, do que sonha a tua filosofia.
Hamlet. William Shakespeare
Ser ou não ser: eis a questão.
Hamlet. William Shakespeare
Sabemos o que somos, mas ignoramos em que podemos tornar-nos.
Hamlet. William Shakespeare

 

Publicidade

3. Orgulho e Preconceito (1813), Jane Austen

No mais famoso livro de Jane Austen, Elizabeth Bennet é uma das filhas de um proprietário rural no interior da Inglaterra que não possui grandes fortunas no século XX. Como as mulheres não podem herdar as posses do pai, sua mãe está certa de que somente um bom casamento pode salvar suas filhas da pobreza. A chegada um rico cavalheiro com sua irmã e seu melhor amigo, Darcy, à região muda toda a dinâmica da família Bennet.

O meu amor e os meus desejos permanecem inalterados. Mas basta uma única palavra sua para que nunca mais lhe fale no assunto.
Orgulho e Preconceito. Jane Austen
Por mais amável que seja o seu gênio, seu coração não é dos mais fáceis de atingir.
Orgulho e Preconceito. Jane Austen
São muitos os meus defeitos, mas nenhum de compreensão, espero. Quanto a meu temperamente, não respondo por ele. É, segundo creio, um pouco ríspido demais… para a conveniência das pessoas.
Orgulho e Preconceito. Jane Austen

 

4. Frankenstein ou o Prometeu moderno (1818), Mary Shelley

A primeira obra de ficção-científica conta a história do cientista Victor Frankenstein que, obcecado por desvendar os mistérios da criação, constrói uma criatura a partir de restos humanos saqueados do cemitério. Depois de diversas tentativas, ele enfim tem êxito, mas o despertar da criatura o abomina. Rejeitada, a criatura passa a perseguir o cientista.

O que pode deter o coração determinado e a vontade decidida do homem?
Frankenstein. Mary Shelley

Publicidade

Somos criaturas não moldadas, apenas semiprontas, se alguém mais sábio, melhor e mais amado do que nós mesmos, tal como um amigo teria de ser, não vem prestar seu auxílio e aperfeiçoar nossa natureza fraca e falha.
Frankenstein. Mary Shelley
É preciso que ouça minha história.
Frankenstein. Mary Shelley

 

5. O Morro dos Ventos Uivantes (1847), Emily Brontë

Único livro da autora, o Morro dos Ventos Uivantes é uma narrativa de um amor proibido. O patriarca da família Earnshaw volta de uma das suas viagens com o órgão Heathcliff, disposto a cuidar dele como um filho. A filha da família, a jovem Cathy, se afeiçoa ao menino. A medida em que os dois vão crescendo, em meio às transformações da família, inicia-se uma história de amor trágica. 

Qualquer que seja a substância das almas, a minha e a dele são feitas da mesma coisa.
O Morro dos Ventos Uivantes. Emily Brontë
Sua presença é um veneno moral capaz de contaminar os mais virtuosos.
O Morro dos Ventos Uivantes. Emily Brontë
E o que não me faz recordá-la? Não posso olhar para este chão, pois seus traços estão impressos nas lajes! Em cada nuvem, em cada árvore…enchendo o ar à noite, e vislumbrada em cada objeto de dia…Estou cercado pela sua imagem! Os rostos mais comuns de homens e mulheres, meus próprios traços, debocham de mim com alguma semelhança. O mundo inteiro é uma terrível coleção de recordações de que ela existiu, e de que eu a perdi!
O Morro dos Ventos Uivantes. Emily Brontë

 

6. Moby Dick (1851), Herman Melville

Nesta clássica aventura, Ismael é um jovem que, por dificuldades financeiras, junta-se a tripulação do navio baleeiro Pequo, comandado pelo misterioso capitão Ahab. Em meio à caça às baleias, o capitão busca vingança contra a terrível Moby Dick, a cachalote famosa por causar estragos àqueles que se aproximam dela e que decepou uma de suas pernas no passado. 

Aquela imaculada humanidade que sentimos dentro de nós, tão longe dentro de nós, que permanece intacta quando todo o bom nome exterior parece ter-se esvaído, sangra com a mais lancinante dor ao contemplar o indisfarçado espetáculo de um homem de bravura arruinada.
Moby Dick. Herman Melville
Eu não conheço tudo que vem pela frente, mas seja o que for, vou enfrentar gargalhando.
Moby Dick. Hermann Melville
Acredito que meu corpo não passa de um abrigo para meu melhor ser. Na verdade, que leve meu corpo quem quiser, pois ele não é quem eu sou.
Moby Dick. Hermann Melville

 

7. Madame Bovary (1856), Gustave Flaubert

Neste clássico da literatura francesa, a protagonista Emma é uma jovem sonhadora criada no campo. Ela é uma leitora ávida e aprende a ver a vida através dos romances que lê. Casa-se com o médico burguês Charles Bovary, mas percebe cedo que o casamento não é como aqueles retratados nos livros. Angustiada e deprimida, ela volta-se à literatura e a pequenos casos extraconjugais em busca de liberdade.

O amor, conforme acreditava, devia chegar de repente, com grandes tumultos e fulgurações – furacão dos céus que desaba sobre a vida, transtorna-a, arranca as vontades como folhas e arrasta o coração inteiro para o abismo.
Madame Bovary. Gustave Flaubert
E depois, não lhe parece que o espírito vagueia mais livremente por aquela extensão sem limites, cuja contemplação nos eleva a alma, e nos dá idéias do infinito, do ideal?
Madame Bovary. Gustave Flaubert

Publicidade

O dever é sentir o que é grande, querer o que é belo, e não aceitar todas as convenções da sociedade, com as ignomínias que ela nos impõe.
Madame Bovary. Gustave Flaubert

 

Publicidade

8. Grandes Esperanças (1861), Charles Dickens

Philip Pirip é criado pela irmã e seu marido com mãos de ferro após a morte de seus pais.  Sua vida muda após herdar inesperadamente uma fortuna e ele passa a rejeitar sua família, amigos e a própria origem, o que o conduzirá à decadência moral. 

Você era a encarnação graciosa de todas as fantasias que a minha mente alguma vez concebeu.
Grandes Esperanças. Charles Dickens
Esquecer você? Você é parte da minha existência, parte de mim mesmo. Você estava em cada verso que li, desde que aqui vim pela primeira vez, aquele garoto rude e comum que você, já naquela época, magoava tanto. Você, desde aquela época, esteve em todas as minhas perspectivas.
Grandes Esperanças. Charles Dickens
Deus sabe que nunca devemos nos envergonhar das nossas lágrimas, pois elas são a chuva que dispersa a poeira ofuscante da terra, que recobre nossos corações empedernidos.
Grandes Esperanças. Charles Dickens

 

9. Os Miseráveis (1862), Victor Hugo

Uma história sobre injustiça e amor, que faz um panorama das questões sociais da França no século XIX, Os Miseráveis é a obra-prima de Victor Hugo. Após passar 19 anos prisão por ter roubado um pão para alimentar a família, Jean Valjean sai determinado a mudar radicalmente sua vida.

Chega sempre a hora em que não basta apenas protestar: após a filosofia, a ação é indispensável.
Os Miseráveis. Victor Hugo
Se no momento em que fosse esmagar uma formiga, ela unisse suas duas miseráveis patinhas numa prece a mim dirigida, eu me mostraria bondoso com ela. Por que então não há de Deus mostrar-se bondoso comigo?… Suplico-lhe que vos dê a vida eterna… a vós…a mim…a todos.
Os Miseráveis. Victor Hugo
Morrer não é nada, horrível é não viver.
Os Miseráveis. Victor Hugo

 

10. Alice no País das Maravilhas (1865), Lewis Carroll

Uma das obras infantis mais conhecidas da literatura, Alice no País das Maravilhas mostra as aventuras de Alice que enquanto passa um tempo ao ar livre com a irmã, vê um coelho branco de colete e o segue até sua toca. Lá, ela é transportada para um mundo onírico.

Alice! Recebe esse conto de fadas

E guarda-o com mão delicada,

Como um sonho de primavera

Que é teia da memória se entretece,

Como a guirlanda de flores murchas que

A cabeça dos peregrinos guarnece.

Alice no país das maravilhas. Lewis Carroll
Quando acordei hoje de manhã, eu sabia quem eu era, mas acho que já mudei muitas vezes desde então.
Alice no país das maravilhas. Lewis Carroll
Você não deve viver a vida como outras pessoas esperam que você viva; tem que ser sua escolha, pois quando estiver lutando, você estará sozinho...
Alice no país das maravilhas. Lewis Carroll

Publicidade

 

11. Crime e Castigo (1866), Fiódor Dostoiévski

Neste que é um dos maiores clássicos da literatura russa, Raskolnikóv é um estudante que precisa interromper os estudos por falta de dinheiro. Acreditando estar destinado a um grande futuro e que isso irá justificar seus atos, ele comete um crime que o levará a um labirinto de culpa pelas ruas de São Petersburgo.

Conhecemos um homem pelo seu riso; se na primeira vez que o encontramos ele ri de maneira agradável, o íntimo é excelente.
Crime e Castigo. Fiódor Dostoiévski
Compreende, meu senhor, o senhor compreende o que quer dizer isso de não ter para onde ir? Porque todo homem precisa ter um lugar para onde ir.
Crime e Castigo. Fiódor Dostoiévski
Oh! Que desmancha-prazeres! Os princípios! Tu te moves por princípios, como se fossem molas, não te atreves a atuar livremente; para mim o fundamental é que o homem seja bom. E, francamente, reparando bem, em todas as classes não há muitas pessoas boas.
Crime e Castigo. Fiódor Dostoiévski

 

12. Guerra e Paz (1867), Lev Tolstói

Acompanhando o percurso de cinco famílias da aristocracia russa no início do século XIX, Tolstói narra invasão das tropas napoleônicas à Rússia a partir de 1912 e os seus impactos na sociedade em meio a tramas pessoais e a rotina da aristocracia da época. 

Que é que é mau? Que é que é bom?... Que deve amar-se?... Que é que se deve odiar?... Viver para quê? Que é a vida? Que é a morte?... Que força desconhecida é essa que dirige tudo?
Guerra e Paz. Liev Tolstói
Pretender-se que a vida dos homens seja sempre dirigida pela razão é destruir toda a possibilidade de vida.
Guerra e Paz. Liev Tolstói
Um passo para além daquela linha que lembra a que separa os vivos dos mortos e eis-nos no mundo desconhecido do sofrimento e da morte.
Guerra e Paz. Liev Tolstói

 

13. Mulherzinhas (1869), Louisa May Alcott

Com inspiração na própria vida, Louisa Mary Alcott escreve em Mulherzinhas a juventude e vida adulta das quatro irmãs March, após seu pai partir para lutar na Guerra Civil Americana, em 1868. Sozinhas com a mãe, elas precisam se unir e apoiar umas às outras. 

A sua vida era uma série de altos e baixos, de coisas cômicas e fatos patéticos.
Mulherzinhas. Louisa May Alcott
As lágrimas, porém, eram uma fraqueza ignóbil e ela sentia-se tão profundamente ferida que não poderia esquecer ainda.
Mulherzinhas. Louisa May Alcott
As pessoas melhores do mundo têm um princípio de perversidade inata, principalmente quando são jovens e amam.
Mulherzinhas. Louisa May Alcott

 

14. Drácula (1897), Bram Stoker

Um marco na literatura de terror e fantasia, o Drácula narra a viagem do jovem advogado Jonathan Harker à Transilvânia. Lá, ele se encontra com o misterioso Conde Drácula, que o contratou para prestar apoio jurídico na sua mudança para a Inglaterra. Logo, Harker passa a perceber as peculiaridades do seu anfitrião.

Publicidade

Há trevas na vida e há luz, e você é uma das luzes, a luz de todas as luzes.
Drácula. Bram Stoker

Publicidade

Como são abençoadas algumas pessoas, cujas vidas não têm medos, nem temores; para quem dormir é uma bênção que vem todas as noites e não traz nada além de bons sonhos.
Drácula. Bram Stoker

 

15. Dom Casmurro (1899), Machado de Assis

O maior clássico da literatura brasileira é um item obrigatório e certamente você já leu ao menos algum trecho nas aulas de literatura! O protagonista Bento Santiago narra sua vida, a infância com a família, sua vida no seminário, seu casamento com Capitu, sua vizinha e primeiro amor, e a dúvida de uma traição que tira toda a sua sanidade.

Não consultes dicionários. Casmurro não está aqui no sentido que eles lhe dão, mas no que lhe pôs o vulgo de homem calado e metido consigo. Dom veio por ironia, para atribuir-me fumos de fidalgo. Tudo por estar cochilando! Também não achei melhor título para a minha narração - se não tiver outro daqui até ao fim do livro, vai este mesmo.
Dom Casmurro. Machado de Assis
Retórica dos namorados, dá-me uma comparação exata e poética para dizer o que foram aqueles olhos de Capitu. Não me acode imagem capaz de dizer, sem quebra da dignidade do estilo, o que eles foram e me fizeram.
Dom Casmurro. Machado de Assis
Agora, por que é que nenhuma dessas caprichosas me fez esquecer a primeira amada do meu coração? Talvez porque nenhuma tinha os olhos de ressaca, nem os de cigana oblíqua e dissimulada.
Dom Casmurro. Machado de Assis

 

16. O Processo (1925), Franz Kafka

Josef K. é um homem que, numa manhã, recebe a visita de dois agentes do governo que o notificam de um processo judicial que está sendo instaurado contra ele. Sem saber o crime que cometeu, ele busca provar sua inocência em uma sociedade burocratizada e opressora.

Alguém certamente havia caluniado Josef K. pois uma manhã ele foi detido sem ter feito mal algum.
O Processo. Franz Kafka
– És Josef K. – disse o padre, levantando a mão por cima do parapeito num gesto vago.

– Sim – volveu K., pensando como dantes pronunciava o seu nome com toda a franqueza e como, ultimamente, este era para ele um verdadeiro fardo; agora, pessoas que encontrava pela primeira vez, conheciam-lhe o nome. Como seria agradável só ser conhecido depois de ter sido apresentado.

O Processo. Franz Kafka
Sentia-se livre como só se é quando se fala no estrangeiro com pessoas de nível socialmente inferior: guarda-se tudo aquilo que diz respeito a si mesmo e só se conversa com indiferença sobre os interesses do outro, aumentando assim a importância dele, ou então, diminuindo-a quando se quer.
O Processo. Franz Kafka

 

17. Orlando: uma biografia (1928), Virginia Woolf

Orlando é um jovem inglês nascido durante o período elisabetano que, durante uma viagem à Turquia, acorda com um corpo feminino. Imortal, a história de Orlando se desenrola durante 350 anos de sua vida, debatendo a ambiguidade entre o feminino e o masculino, o tempo e as reflexões do personagem. 

Terá o dedo da morte de pousar de vez em quando no tumulto da vida para evitar que ele nos despedace? Tal será a nossa condição que devamos receber, diariamente, a morte, em pequenas doses, para podermos prosseguir na empresa da vida?
Orlando. Virgínia Woolf
A memória é a costureira, e costureira caprichosa. A memória faz a sua agulha correr para dentro e para foram, para cima e para baixo, para cá e para lá. Não sabemos o que vem em seguida, o que virá depois. Assim, o ato mais vulgar do mundo, como o de sentar-se a uma mesa e aproximar o tinteiro, pode agitar mil fragmentos díspares, ora iluminados, ora em sombra, pendentes, oscilantes, e revirando-se como a roupa branca de uma família de catorze pessoas, numa corda ao vento.
Orlando. Virgínia Woolf
Pois, segundo parece – e o seu caso o prova -, não escrevemos só com os dedos, mas com a pessoa inteira.
Orlando. Virgínia Woolf

Publicidade

 

18. Macunaíma, o herói sem nenhum caráter (1928), Mário de Andrade

A obra-prima de um dos maiores nomes do modernismo brasileiro, Macunaíma mescla lendas e alegorias nacionais. Conta a história de Macunaíma, nascido negro em uma aldeia indígena, que se torna branco e parte para São Paulo, em busca de muiraquitã, um amuleto de pedra. 

Uma feita a Sol cobrira os três manos duma escaminha de suor e Macunaíma se lembrou de tomar banho.
Macunaíma. Mário de Andrade
Cidade é belíssima, e grato o seu convívio. Toda cortada de ruas habilmente estreitas e tomadas por estátuas e lampiões graciosíssimos e de rara escultura; tudo diminuindo com astúcia o espaço de forma tal, que nessas artérias não cabe a população.
Macunaíma. Mário de Andrade
Com este apelativo se designa uma raça refinadíssima de doutores, tão desconhecidos de vós, que os diríeis monstros. Monstros são na verdade mas na grandiosidade incomparável da audácia, da sapiência, da honestidade e da moral; e embora algo com os homens se pareçam, originam-se eles dos reais uirauaçus e muito pouco têm de humanos. Obedecem todos a um imperador, chamado Papai Grande na gíria familiar, e que demora na oceánica cidade do Rio de Janeiro – a mais bela do mundo na opinião de todos os estrangeiros poetas, e que por meus olhos verifiquei.
Macunaíma. Mário de Andrade

 

19. Vidas Secas (1938), Graciliano Ramos

Outro texto clássico do modernismo brasileiro, Vidas Secas conta a jornada de uma família de retirantes sertanejos, o vaqueiro Fabiano, sua esposa Sinha Vitória, seus dois filhos e sua cadela em busca de melhores condições de vida. 

Admirava as palavras compridas e difíceis da gente da cidade, tentava reproduzir algumas, em vão, mas sabia que elas eram inúteis e talvez perigosas.
Vidas Secas. Graciliano Ramos
Um dia... Sim, quando as secas desaparecessem e tudo andasse direito... Seria que as secas iriam desaparecer e tudo andaria certo? Não sabia.
Vidas Secas. Graciliano Ramos
Estirou os olhos pela campina, achou-se isolado. Sozinho num mundo coberto de penas, de aves que iam comê-lo.
Vidas Secas. Graciliano Ramos

 

20. O Pequeno Príncipe (1943), Antoine de Saint-Exupéry

O narrador da história é um aviador que, na infância sonhava em ser um pintor, mas foi desencorajado pelos adultos. Um dia, seu avião tem uma pane enquanto sobrevoa um deserto. Lá, ele encontra um menino, vindo do Asteróide B-612. A convivência entre os dois traz diversas discussões sobre o sentido da vida. 

Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.
O Pequeno Príncipe. Antoine de Saint-Exupéry
É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas.
O Pequeno Príncipe. Antoine de Saint-Exupéry

As pessoas têm estrelas que não são as mesmas. Para uns, que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. Tu, porém, terás estrelas como ninguém... Tu te sentirás contente por me teres conhecido. Tu serás sempre meu amigo.
O Pequeno Príncipe. Antoine de Saint-Exupéry

 

21. 1984 (1949), George Orwell

Uma das distopias futuristas mais influentes do século XX, 1984 trata de uma sociedade dominada por um Estado totalitário, que vive vigiada pelo Grande Irmão. Winston trabalha para o Ministério da Verdade, órgão que regula a propaganda e reescreve a história passada, mas sonha com uma revolução na sociedade. 

Quem controla o passado, controla o futuro; quem controla o presente, controla o passado.
1984. George Orwell

O fato de ser uma minoria, mesmo uma minoria de um, não significava que você fosse louco. Havia verdade e havia inverdade, e se você se agarrasse à verdade, mesmo que o mundo inteiro o contradissesse, não estaria louco.
1984. George Orwell

O Grande Irmão está de olho em você.
1984. George Orwell

 

22. O Senhor dos Anéis (1954), J.R.R. Tolkien

Uma das sagas de fantasia mais difundidas na cultura pop até hoje, o Senhor dos Anéis é uma trilogia indispensável. A narrativa é centrada no Um Anel, um artefato que confere grande poder àquele que o possui, e na jornada da Sociedade do Anel para destruí-lo. 

Muitos que vivem merecem a morte. E alguns que morrem merecem viver. Você pode dar-lhes vida? Então não seja tão ávido para julgar e condenar alguém à morte. Pois mesmo os muito sábios não conseguem ver os dois lados.
O senhor dos anéis. J.R.R. Tolkien

Tudo o que temos de decidir é o que fazer com o tempo que nos é dado.
O senhor dos anéis. J.R.R. Tolkien

Às vezes tem de ser assim quando as coisas estão em perigo: alguém precisa renunciar a elas, perdê-las, para que outros possam tê-las.
O senhor dos anéis. J.R.R. Tolkien

 

23. Lolita (1955), Vladimir Nabokov

O controverso livro de Nabokov, Lolita, é narrado pelo professor Humbert Humbert que, após se hospedar numa pousada, se torna obcecado pela filha da dona, a pequena Dolores, de 12 anos, a quem ele apelida de Lolita.

Lolita, luz da minha vida, labareda em minha carne. Minha alma, minha lama. Lo-li-ta: a ponta da língua descendo em três saltos pelo o céu da boca para tropeçar de leve, no terceiro, contra os dentes. Lo. Li.Ta.
Lolita. Vladimir Nabokov

Eu te amei, era um monstruoso pentápode, mas como te amava. Era desprezível, brutal, torpe – tudo isso e muito mais, mais je t´aimais, je t´aimais!
Lolita. Vladimir Nabokov

Agora, contorcendo-me de dor e deblaterando contra minha própria memória, reconheço que naquela ocasião, como em outras semelhantes, eu sistematicamente cuidava de ignorar os sentimento de Lolita apenas para aliviar minha vil consciência.
Lolita. Vladimir Nabokov

 

24. Pedro Páramo (1955), Juan Rulfo

Pedro Páramo é o único romance do mexicano Juan Rulfo. Nele, Juan Preciado viaja para a cidade de Comala após a morte de sua mãe, em busca do pai: Pedro Páramo. Descobre que o pai faleceu há alguns anos, mas todos na cidade estão ligados à ele e à sua história de alguma forma.

… se eu escutava somente o silêncio, era porque ainda não estava acostumado ao silêncio; talvez porque minha cabeça vinha cheia de ruídos e vozes.
Pedro Páramo. Juan Rulfo

Ninguém sabe melhor do que eu o quão longe o céu está, mas também conheço todos os atalhos. O segredo é morrer, quando você quiser, e não quando Ele propõe. Ou então forçá-Lo a te levar antes do seu tempo.
Pedro Páramo. Juan Rulfo

É que aqui, essas horas são cheias de assombrações. Se o senhor visse a multidão de almas que andam soltas pelas ruas… Assim que escure, começam a sair. E ninguém gosta de vê-las. São tantas, e nós tão pouquinhos, que não tratamos de rezar para que saiam de suas penas. Nossas orações não dariam para todos. No máximo um pedaço de pai-nosso para cada uma. E isso não adiantaria nada.
Pedro Páramo. Juan Rulfo

 

25. Grande sertão: Veredas (1956), Guimarães Rosa

Outra obra do modernismo brasileiro, Grande Sertão: Veredas gira em torno do jagunço Riobaldo que, numa narrativa não linear, se debruça sobre sua vida, o sertão e os conflitos na região. Em um dos grupos, ele conhece outro jagunço, Diadorim, com quem estabelece uma relação entre a amizade e a paixão. 

O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.
Grande Sertão: veredas. Guimarães Rosa
Amigo, para mim, é só isto: é a pessoa com quem a gente gosta de conversar, do igual o igual, desarmado. O de que um tira prazer de estar próximo. Só isto, quase; e os todos sacrifícios. Ou – amigo – é que a gente seja, mas sem precisar de saber o por que é que é.
Grande Sertão: veredas. Guimarães Rosa

O mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas – mas que elas vão sempre mudando.
Grande Sertão: veredas. Guimarães Rosa

 

26. On the Road: Pé na Estrada (1957), Jack Kerouac

Escrita por um dos principais expoentes da geração Beat dos Estados Unidos, On the road descreve, com inspiração nas próprias experiências de Jack Kerouac, as viagens de um grupo de jovens pelo país, com suas experiências, sonhos e busca espiritual.

Mas eu não me importava e seguíamos juntos numa boa – sem frescuras, sem aporrinhações, andávamos saltitantes um em volta do outro, como novos amigos apaixonados.
On The Road. Jack Kerouac

Algo, alguém, algum espírito nos perseguia, a todos nós, através do deserto da vida, e estava determinado a nos apanhar antes que alcançássemos o paraíso.
On The Road. Jack Kerouac

Ficamos maravilhados, percebemos que estávamos deixando para trás toda a confusão e o absurdo, desempenhando a única função nobre da nossa época: mover-se.
On The Road. Jack Kerouac

 

27. O Sol é Para Todos (1960), Harper Lee

Passada nos Estados Unidos dos anos de 1930 e baseado na história familiar da autora, o livro é narrado pela pequena Scout. Ainda criança, ela conta a história do pai, um advogado branco que defende um homem negro de ter estuprado uma mulher branca. 

Só existe um tipo de gente: gente.
O Sol é para Todos. Harper Lee

Eu queria que você visse o que é realmente coragem, em vez de pensar que coragem é um homem com uma arma na mão. Coragem é quando você sabe que está derrotado antes mesmo de começar, mas começa assim mesmo, e vai até o fim, apesar de tudo. Raramente a gente vence, mas isso pode até acontecer.
O Sol é para Todos. Harper Lee
Existem pessoas que se preocupam tanto com o Outro Mundo que nunca aprendem a viver neste.
O Sol é para Todos. Harper Lee

 

28. Quarto de despejo: diário de uma favelada (1960), Maria Carolina de Jesus

O livro reproduz o diário de 1955 a 1958 da autora, que viveu na favela do Canindé em São Paulo e trabalha como catadora de lixo. Ela narra seu dia a dia, reflete sobre a sua condição de miséria, a sua luta por sobrevivência e sobre a sua própria escrita.

Tem pessoas que, aos sábados, vão dançar. Eu não danço. Acho bobagem ficar rodando pra aqui, pra ali. Eu já rodo tanto para arranjar dinheiro para comer.
Quarto de Despejo. Maria Carolina de Jesus

Eu cato papel, mas não gosto. Então eu penso: Faz de conta que eu estou sonhando.
Quarto de Despejo. Maria Carolina de Jesus

Eu classifico São Paulo assim: O Palácio é a sala de visita. A Prefeitura é a sala de jantar e a cidade é o jardim. E a favela é o quintal onde jogam os lixos.
Quarto de Despejo. Maria Carolina de Jesus

 

29. A Redoma de Vidro (1963), Sylvia Plath

Único romance da autora, a Redoma de vidro conta a história de Esther Greenwood, uma jovem que sai dos subúrbios de Boston para Nova York depois de conseguir uma bolsa de estudos em uma universidade para moças e uma vaga de estágio em uma prestigiada revista feminina. Embora o mundo pareça estar se abrindo de oportunidades, Esther acaba entrando em uma crise emocional. 

Existe algo de desmoralizante em assistir a duas pessoas ficarem cada vez mais loucas uma pela outra, principalmente quando você é a única pessoa sobrando no lugar.
A Redoma de Vidro. Sylvia Plath

O silêncio me deprimia. Não era o silêncio do silêncio. Era o meu próprio silêncio.
A Redoma de Vidro. Sylvia Plath

Talvez o esquecimento, como uma nevasca suave, pudesse entorpecer e esconder aquilo tudo. Mas aquilo tudo era parte de mim. Era a minha paisagem.
A Redoma de Vidro. Sylvia Plath

 

30. Cem Anos de Solidão (1967), Gabriel García Márquez

Um dos mais célebres livros na literatura latino americana, Cem anos de solidão conta a saga da família Buendía, em suas diversas gerações, entre ascensão e queda no vilarejo de Macondo. 

O mundo era tão recente, que muitas coisas não tinham nome e, para mencioná-las, você precisava apontá-las com o dedo.
Cem Anos de Solidão. Gabriel García Marquez
Para mim é suficiente ter a certeza que tu e eu existimos neste momento.
Cem Anos de Solidão. Gabriel García Marquez
Ele prometeu segui-la até o fim do mundo, mas depois, quando resolveu seus negócios, e ela se cansou de esperar por ele, sempre identificando-o com homens altos e baixos, loiros e morenos...
Cem Anos de Solidão. Gabriel García Marquez

 

31. A Hora da Estrela (1977), Clarice Lispector 

Último romance escrito por Clarice Lispector e considerado a sua maior obra, A Hora da Estrela conta a história de uma jovem alagoana órfã que chega no Rio de Janeiro para trabalhar como datilógrafa. Sem pensar no futuro ou buscar um futuro melhor, a jovem vive solitária, aceitando sua vida como ela é.

Assim é que experimentei contra os meus hábitos uma história com começo, meio e “gran finale” seguido de silêncio e de chuva caindo.
A Hora de Estrela. Clarice Lispector

Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam.
A Hora de Estrela. Clarice Lispector

É melhor eu não falar em felicidade ou infelicidade – provoca aquela saudade desmaiada e lilás, aquele perfume de violeta, as águas geladas da maré mansa em espumas de areia. Eu não quero provocar porque dói.
A Hora de Estrela. Clarice Lispector

 

32. O Guia do Mochileiro das Galáxias (1979), Douglas Adams

Um clássico da literatura de ficção-científica, recheado de sátiras sobre a sociedade, a política e as instituições burocráticas, o livro conta as aventuras intergaláticas do humano Arthur Dent e do seu amigo Ford Prefect após a Terra ser destruída. É o primeiro de uma série de cinco livros. 

Existe uma teoria que diz que, se um dia alguém descobrir exatamente para que serve o Universo e por que ele está aqui, ele desaparecerá instantaneamente e será substituído por algo ainda mais estranho e inexplicável. Existe uma segunda teoria que diz que isso já aconteceu.
O Guia do Mochileiro das Galáxias. Douglas Adams

É um fato importante, e conhecido por todos, que as coisas nem sempre são o que parecem ser.
O Guia do Mochileiro das Galáxias. Douglas Adams

Eis o que diz a Enciclopédia Galáctica a respeito do álcool: é um líquido volátil e incolor formado pela fermentação dos açúcares. Acrescenta ainda que o álcool tem o efeito de inebriar certas formas de vida baseadas em carbono.
O Guia do Mochileiro das Galáxias. Douglas Adams

 

33. Mayombe (1979), Pepetela 

Na floresta de Mayombe, localizada entre a Angola e a República do Congo, guerrilheiros angolanos se organizam contra as forças armadas portuguesas pela independência da Angola da colonização do país europeu. O livro é baseado nas experiências do autor.

A imensidão do mar que nada pode modificar ensinou-me a paciência. O mar une, o mar estreita, o mar liga. Nós também temos o nosso mar interior, que não é o Kuanza, nem o Loje, nem o Kunene. O nosso mar, feito de gotas-diamante, suores e lágrimas esmagados, o nosso mar é o brilho da arma bem oleada que faísca no meio da verdura do Mayombe, lançando fulgurações de diamante ao sol da Lunda.
Mayombe. Pepetela

O amor é um duelo. Mas o amor realizado é também uma combinação, diz-se mesmo que os velhos casais acabam por se assemelhar fisicamente.
Mayombe. Pepetela

Os rótulos pouco interessam, os rótulos só servem os ignorantes que não veem pela coloração qual o líquido encerrado no frasco.
Mayombe. Pepetela

 

34. A Cor Púrpura (1982), Alice Walker

O romance narra a vida de Celie, uma mulher negra e pobre que vive no sul dos Estados Unidos. Passando por abusos e violências desde a infância, numa sociedade patriarcal e racista, ela conta sua história e suas experiências em cartas. 

Há qualquer faceta em todos nós que deseja uma medalha por aquilo que temos feito. Essa faceta deseja ser apreciada.
A Cor Púrpura. Alice Walker

Todo mundo quer ser amado. A gente canta e dança, faz careta e dá buquê de rosa, tentando ser amado. Você já reparou que as árvore fazem tudo que a gente faz pra chamar atenção, menos andar?
A Cor Púrpura. Alice Walker

Minha pele é escura. Meu nariz é apenas um nariz. Meu lábio é só um lábio. Meu corpo é só um corpo de mulher passando pelas mudança da idade. Nada especial aqui para alguém amar. Nada de cabelos enrolado cor de mel, nada de bunitinho. Nada novo ou jovem. Mas meu coração deve ser novo e jovem pois parece que ele floresce com a vida.
A Cor Púrpura. Alice Walker

 

35. A casa dos Espíritos (1982), Isabel Allende

O romance narra as três gerações da família latifundiária Trueba durante um período turbulento na América latina. Por meio das personagens femininas da família, a autora chilena desenvolve uma narrativa refletindo sobre suas transformações, ódio e paixões. 

Em toda uma vida de convivência com a miséria e a dor, não se lhe tinha endurecido a alma, mas, pelo contrário, era cada vez mais vulnerável à piedade.
A Casa dos Espíritos. Isabel Allende

A memória é frágil e o trânsito de uma vida é muito breve e sucede tudo tão depressa que não conseguimos ver a relação entre os acontecimentos na ficção do tempo, no presente, no passado e no futuro (…)
A Casa dos Espíritos. Isabel Allende

Tal como no momento de vir ao mundo, ao morrer temos medo do desconhecido. Mas o medo é algo interior que não tem nada que ver com a realidade. Morrer é como nascer: uma mudança apenas.
A Casa dos Espíritos. Isabel Allende

 

36. O Conto da Aia (1985), Margaret Atwood

Mais um exemplar da literatura distópica, O Conto da Aia narra a história de uma mulher que é obrigada a ser uma serva para fins reprodutivos dentro de uma sociedade totalitária de fundamentalismo cristão que governa a região dos Estados Unidos. 

Vivíamos, como de costume, por ignorar. Ignorar não é a mesma coisa que ignorância, você tem que se esforçar por fazê-lo.
O Conto da Aia. Margaret Atwood

É por falta de amor que morrermos. Não há ninguém que eu possa amar, todas as pessoas que eu podia amar estão mortas ou em outro lugar. Quem sabe onde estão ou quais são seus nomes agora? Poderiam muito bem não estar em lugar nenhum, como eu estou para elas. Também sou uma pessoa desaparecida.
O Conto da Aia. Margaret Atwood

Talvez eu não queira saber de verdade o que está acontecendo. Talvez eu prefira não ter conhecimento. Talvez não possa suportar o conhecimento.
O Conto da Aia. Margaret Atwood

 

37. Como Água para Chocolate (1989), Laura Esquivel

A vida inteira de Tita gira em torno da cozinha e dos pratos e receitas que prepara. Como água para chocolate narra a história de Tita, da infância à vida adulta em meio aos temperos e a história mexicana.

Cada pessoa tem de descobrir quais são seus detonadores para poder viver, pois a combustão que se produz ao acender-se um deles é o que nutre de energia a alma. Em outras palavras, esta combustão é seu alimento.
Como Água para Chocolate. Laura Esquivel

Decidiu dar utilidade à lã em lugar de desperdiçá-la e raivosamente teceu e chorou e teceu, até que pela madrugada terminou a colcha e jogou-a sobre si mesma.
Como Água para Chocolate. Laura Esquivel

 

38. Harry Potter e a Pedra Filosofal (1997), J. K. Rowling

Primeiro capítulo da série do bruxo que conquistou uma legião de fãs de todas as idades. Harry é um órfão que vive maltratado pelos seus tios, mas no seu aniversário de 11 anos, descobre ser um bruxo. Ele parte para a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts onde vai aprender a lidar com os seus poderes, fazer novas amizades e descobrir os segredos do seu passado.

Esse menino será famoso, não haverá uma criança em nosso mundo que não saberá seu nome!
Harry Potter e a Pedra Filosofal. J. K. Rowling

Ele não entende que um amor forte como o de sua mãe por você deixa uma marca própria.
Harry Potter e a Pedra Filosofal. J. K. Rowling

Para uma mente bem estruturada, a morte é apenas a aventura seguinte.
Harry Potter e a Pedra Filosofal. J. K. Rowling

 

39. O Caçador de Pipas (2003), Khaled Hosseini

Amir é um menino rico na década de 1970 no Afeganistão. Ele é amigo de Hassan, filho do empregado da família. Juntos, os dois competem em um campeonato de pipas, mas Amir perde a chance de defender Hassan durante um episódio violento. A culpa acompanha Amir por vinte anos, quando ele precisa acertar as contas com o seu passado.

Sempre dói mais ter algo e perdê-lo do que não ter aquilo desde o começo.
O Caçador de Pipas. Khaled Hosseini

Pode ser injusto, mas o que acontece em poucos dias, às vezes até uma única vez, pode alterar o rumo da sua vida inteira.
O Caçador de Pipas. Khaled Hosseini

Só sei que aquela lembrança vivia dentro de mim como um pedaço gostoso de passado, perfeitamente encapsulado; uma pincelada de cores naquela tela cinzenta e árida que as nossas vidas tinham se tornado.
O Caçador de Pipas. Khaled Hosseini

 

40. Não me Abandone Jamais (2005), Kazuo Ishiguro

Kathy tem 31 anos está prestes a encerrar um período da sua vida. Ela retoma suas memórias da sua infância e juventude no colégio interno em que viveu com os amigos Ruth e Tommy. No entanto, o cenário idílico do internato esconde um segredo que impacta toda a vida daqueles que passam por ele.

Certeza de que estão apaixonados? E como é que você sabe disso? Então acha que o amor é coisa assim tão simples?
Não me Abandone Jamis. Kazuo Ishiguro

É como passar diante de um espelho pelo qual passamos todos os dias de nossas vidas e de repente perceber que ele reflete outra coisa, uma coisa estranha e perturbadora.
Não me Abandone Jamis. Kazuo Ishiguro

De modo que quando surge a oportunidade de escolher, claro que você vai optar por pessoas semelhantes a você. Isso é natural.
Não me Abandone Jamis. Kazuo Ishiguro

 

E aí, gostou na nossa lista de livros para ler antes de morrer? Para mais indicações de livros, confira também nosso  artigo com 30 livros de romance!

Publicidade